sábado, 22 de junho de 2013

Dica de Leitura - Joe Hill


E aí, galerinha? Tudo bem com vocês? Espero que sim.
Estava aqui na net, sem fazer nada, dai pensei: Á quantas anda o Fobofobia? Fui xeretar o blog e vi que fiz somente 3 (!!!!) miseras (!!!!!!) postagens no ano (!!!!!!!!). Um absurdo...
Pensando nesse esquecimento (esquisita a frase), logo notei que precisava muito fazer um novo post. O que fazer? Pensei. Tentei pesquisar os acontecimentos relevantes pra mim nesses dias, o que tem acontecido de legal. A conclusão: pouca coisa, mas uma me chamou atenção e quis compartilhá-la.
No fim do ano passado, li a respeito de um filme novo que Daniel Radcliffe (Harry Potter e A Mulher de Preto) está fazendo. O filme se chama "Horns" (que em inglês significa "chifres", entretanto, o filme será " O Pacto" no Brasil), que conta a história de um homem que após alguns acontecimentos acorda com chifres na cabeça e quando as pessoas próximas veem esses "acessórios", contam seus segredos mais obscuros, muitos é claro, pecados.


Quando li o roteiro, achei um tanto quanto estranho, para não dizer ruim. Na mesma notícia, li que o tal roteiro era baseado em um livro homônimo do escritor Joe Hill, filho de ninguém mais, ninguém menos de Stephen King (escritor de clássicos como Carrie, a Estranha, Á Espera de um Milagre, IT - Uma obra prima do medo, entre outros)! Uau. Precisava comprar o livro.

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  • Pausa para a biografia


Joseph Hillstrom King, mais conhecido como Joe Hill (Hermon, Maine — 3 de junho de 1972) é um escritor estadunidense de livros do gênero de ficção. É filho do também escritor Stephen King. Seu nome foi escolhido como uma forma de homenagem ao anarquista sueco Joe Hill.
Em 2007, lançou um livro de terror intitulado A Estrada da Noite, no Brasil, e a Caixa em Forma de Coração, em Portugal. É também de sua autoria a coletânea de contos Fantasmas do Século XX, publicada no Brasil em 2008.
Voltou à escrever outra novela de terror em 2010, com o título de Horns (no Brasil, O Pacto). Todos os seus livros foram publicados no Brasil pela Editora Sextante.
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Por coincidência, dias depois peguei uma promoção em um site e comprei o livro por 10 reais. Fiquei meio receoso, tanto pela história, tanto pelo preço. Afinal, o livro era um dos mais vendidos na época, não era pra estar em uma promoção como essa. Mas, lendo as críticas de quem já havia lido a obra, bem positivas por sinal, resolvi dar um voto de confiança.
Uma semana depois, ele chegou, em ótimas condições, bonito.

O Pacto (Horns)
Joe Hill, 2010
Editora Sextante

Pela capa, pelo nome, já estava bem óbvio do que se tratava: do "coisa ruim", é claro. Porém, com o passar da história, você percebe que não existe pacto nenhum. Mas, mesmo assim, o enredo é bem intrigante.
Ig Perrish era uma cara comum. Tinha amigos legais, uma família de músicos rica e bem estruturada e uma ótima namorada, Merrin. Tudo isso desmorona depois que Merrin é assassinada e o principal suspeito é seu namorado, o protagonista da trama. Após um ano do ocorrido, depois de muita sofrimento e solidão, Ig acorda com fortes enxaquecas e descobre nasceu um par de chifres de suas têmporas. Depois de pensar estar louco ou doente, percebe que eles são reais e que rêm o poder de impelir as pessoas a entrarem em um tipo de estado de transe e consequentemente revelarem seus pecados e segredos mais obscuros. Entre elas, seus pais, um médico, o padre da cidade, ninguém fica imune. Com esse poder em mãos, o usa para tirar proveitos e desvendar os mistérios que envolve a morte se sua namorada.
A história é muito dinâmica, sempre com algo interessante acontecendo. Além disso, tem muitas referências a músicas americanas, criando meio que uma "trilha-sonora". Joe esparrama palavrões, muitos sem necessidade ao meu ver, mas que deixam o livro mais informal e divertido em algumas partes. Também tem algumas reviravoltas interessantes e espaço para o amor. Descrições poderosas, que nos faz sentir repulsa com os banhos de sangue e dentes e ossos quebrados. Bem visceral.
No final, você para para pensar em algumas questões. O bem e o mal, a amizade, o pré-julgamento e também os limites do amor.
Muito recomendável para quem gosta de tramas fantasiosas, suspense, casos policias e rock.

***

Após um tempo, entrei na sala de aula na faculdade e vi que uma amiga minha lia um livro, A Estrada da Noite, depois percebi que o livro também era de Joe Hill. Fui conversar com ela, que me disse que era uma história de arrepiar, de ficar sem dormir por dias!
Preciso comprar o livro. Pensei, de novo.
Comprei de novo em uma promoção e ele chegou faz duas semanas,  em perfeitas condições. Porém, não iniciei a leitura porque estava lendo Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (perfeito! *-*). Terminei Harry Potter nessa segunda e, sem pensar duas vezes, comecei a ler A Estrada da Noite. Para ver como é envolvente, já estou na metade. (Meu hábito de leitura é estranho. Não leio em ônibus e metrôs, porque me deixa enjoado. Em casa, leio de vez em quando. Portanto, leio mais nos intervalinhos no trabalho. Ou seja, não sou daquelas pessoas que vivem com um livro na mão 24 horas por dia.)

A Estrada da Noite (Heart-Shaped Box)
Joe Hill, 2007
Editora Sextante


O livro conta a história de Judas Coyne, uma estrela de rock de meia-idade que coleciona objetos antigos mórbidos, como uma corda usada em um suicídio e um diário de uma feiticeira que viveu 200 anos atrás. Assim, ele não pensa duas vezes antes de comprar um paletó assombrado pelo fantasma do dono morto, publicado em um site de leilão online. Só depois que chega embalado em uma caixa preta em formato de coração (por isso o nome original), Jude descobre que o paletó pertenceu a Craddock McDermott, o padrasto de uma das fãs descartadas por Coyne e que o fantasma do velho homem é um espírito maligno determinado a matar Judas por vingança pelo suicídio de sua enteada. Judas e sua namorada caem na estrada numa tentativa de fugir do fantasma e encontrar um jeito de detê-lo.
Na primeira descrição do fantasma, já me arrepiei todo. Sinistro. Ainda mais pra mim, que tenho uma imaginação bem fértil. Nós já somos envolvidos na história nas primeiras páginas, pois Joe não perde tempo remoendo o passado dos personagens e a descrição deles é feita ao longo da trama.
São cenas realmente assustadoras, sequências cheias de suspense e de tirar o fôlego. Não vejo a hora de chegar ao final do livro, ou não.


Realmente um ótimo achado esse Joe. Sua imaginação é bem incrível e pelo jeito vai seguir com perfeição a carreira do pai.
Agora vamos esperar pra ver o filme de O Pacto. Afinal, como acontece com os livros de Stephen, nem sempre o filme faz jus ao livro.


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